Bom, como todos sabem, faço Jornalismo na Anhembi Morumbi. Um dos requisitos "básicos" para ser um jornalista é ter um blog. O primeiro blog que eu tive criei em 2010, logo depois que meu primeiro cachorro faleceu, aquela dor sufocante precisava amenizar e como sempre meu melhor remédio era escrever. Fiz algumas postagens nele mas acabei esquecendo a senha, tentei recuperar mas acabei desistindo dele e criando outro blog, não gostei do nome e o abandonei. Fiz mais um até chegar nesse, o Jujubas da Mari. Alguns podem fazer a ligação de Jujubas com o fato de particularmente ser a minha guloseima preferida mas não, não é. Queria um nome fácil, que todos lembrassem, que tinha alguma referência ao meu nome e não fosse complicado e nem em outra língua. Portanto, Jujubas da Mari foi o nome mais fácil e prático que eu achei.
Por mais que eu seja extremamente comunicativa, mostrar o meu blog para alguém ou para todos como é o caso de hoje, era algo que me balançava bastante. Como boa libriana que sou, a insegurança muitas vezes toma conta de mim e eu fico sem saber o que fazer. Primeiro mostrei o blog para as pessoas que eu confiava, saber a opinião delas era essencial para poder mostrá-lo para o resto. Nessa última semana pensei bastante sobre como seria o meu primeiro post "público", o primeiro que eu iria divulgar em redes sociais e "perderia o controle" sobre as pessoas que o frequentam. Pensei alguns dias e achei o assunto ideal para começar..o blog será divulgado em redes sociais e nada melhor do que falar sobre a relação das pessoas com esse mundo virtual.
Pra mim, as redes sociais são como seus amigos. Há aqueles que quando chegam na nossa casa, levamos até a sala, sentamos no sofá e ficamos batendo papo. Tem os mais íntimos que entram no quarto, deitam na cama e mexem em algumas coisas sem ter o menor problema. Mas há ainda aqueles extremamente íntimos em que deixamos entrar até no banheiro enquanto estamos no banho.
Não vejo motivo para tornar uma rede social nesse amigo mais íntimo. Aliás, ao meu ver é horrível aquelas pessoas que postam tudo o que acontece em sua vida. Tenha mais cuidado com a sua vida íntima, o que você faz ou deixa de fazer com a pessoa que está, não interessa aos seus contatos.
Postagens pós-balada, todos imaginam que você acabou bebendo alguma coisa mas você vai, coloca em configuração público e posta que nunca teve uma ressaca tão grande ou que beijou todas na noite anterior. Qual a vantagem me diz??
E as fotos..mulheres postando fotos de biquíni só para todos os caras possíveis curtirem e comentarem "nossa, que isso hein?" "tá lindaaaaaaa!" Linda? O que você deseja com essa atitude é mostrar para as outras pessoas que tem gente te querendo, que os homens te paqueram e te acham "A" gostosa. O pior de tudo é querer ser "a mulher que merece respeito", me poupe né linda?! Se nem você se dá o respeito como alguém pode te respeitar..
Logo depois de levar um fora, seja de namorado(a) ou de algum ficante, começa a melação ou a demonstração de que nunca esteve tão bem na vida como agora. Gente, isso é feio. Se você tá triste, guarde para você. E se estiver feliz, guarde mais ainda com você. Já dizia o ditado "Não grite a sua felicidade, a inveja tem sono leve", eu diria, "Não grite nada da sua vida, todos tem inveja!" Sem hipocrisia vai gente..todo mundo tem inveja, seja ela boa ou ruim. E venhamos e convenhamos, não tem nada mais antipático do que abrir sua página inicial e ter um milhão de postagens chorando ou comemorando algo. Poste uma vez só, duas tá bom..três? exagero demais! (Mais um ditado popular que podemos usar..Um é pouco, dois é bom e três é demais.)

Há algum tempo atrás essa foto da Gloria Kalil, consultora de moda, foi bastante circulada no Facebook. É exatamente isso que está em falta para a maioria dos usuários, etiqueta. As pessoas ainda tem a sensação de que a rede social não vai atingir em nada a vida profissional ou pessoal dela, que é como se fosse algo fora da sua vida real. Sinto informar, não é isso há muito tempo. Para ser contratada em uma empresa, acredite, eles vão procurar suas redes sociais e descobrir o modo como você age em outras situações fora do seu ambiente de trabalho. Independente da profissão que você exerça, ter descrição em redes sociais é o mínimo do bom-senso e da etiqueta. Menos é mais, isso ocorre muito na matemática e seria útil praticar no âmbito virtual também. Tenha cuidado com o que você coloca na sua página, quais fotos te marcam, o que você quer ter vinculado á sua imagem. Aliás, a imagem de uma pessoa não é construída somente na vida "real". Dizem que muitas vezes a primeira impressão é a que fica, não passe uma ótima impressão pessoalmente e faça o inverso pelas redes sociais.